Talvez muitos não soubessem, mas o Jockey Clube de São Paulo ainda possuía uma edificação a ser desvendada. O ambulatório é um belo exemplar do art déco paulistano dos anos 1940, mas o estado de deterioração não permitia apreciar os detalhes do edifício assinado pelo francês Henri Sejous (1897-1975). Em processo de restauração, capitaneado pela CASA COR, recebe os 70 ambientes da mostra entre 17 de Maio e 10 de Julho de 2016.
Os espaços foram desenvolvidos por profissionais consagrados e cerca de 30 jovens talentos - e o ecletismo bem-vindo que pauta a mostra não para por aí. Afinal, o passado está presente em um repertório que passeia pela escola alemã Bauhaus, do inicio do século 20, segue pelo art déco dos anos 1930 e chega ao design brasileiro das décadas de 1940 a 1970, com forte acento modernista.
Uma referência atual convocada em alguns projetos é o estilo escandinavo, que cultiva a claridade natural e o traçado minimalista, além de cores suaves. O uso de dois tons, em particular, chamam a atenção: o rosa seco e o verde água, bastante utilizados no período modernista.
Outro conceito contemporâneo é a sustentabilidade, bem representada em projetos modulares ou que buscam reaproveitar materiais e dispor racionalmente dos recursos naturais, além de conservar as belezas originais do prédio com o mínimo de intervenção e resíduos. Estas e outras inspirações se encontram em CASA COR São Paulo.
Pertencente ao grupo Abril, a CASA COR é reconhecida como a maior e melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas. O evento reúne, anualmente, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas e em 2016 chega à sua 30ª edição em São Paulo, e com 20 franquias nacionais (Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) e quatro internacionais (Peru, Chile, Equador e Bolívia).